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A Nissan vai propor a nomeação de seu presidente Carlos Ghosn à frente do conselho de administração da Mitsubishi quando a empresa concretizar sua entrada no capital do grupo com a compra de 34% de suas ações, o que a torna sua controladora. De acordo com informações do jornal econômico Nikkei, a nomeação colocará o CEO da aliança Renault-Nissan como responsável pela reestruturação da Mitsubishi, enquanto seu atual presidente, Osamu Masuko, passará a ocupar o cargo de diretor geral.

Ainda segundo a publicação japonesa, a proposta da Nissan passará por aprovação dos acionistas e administradores da Mitsubishi em dezembro. A decisão reflete a expectativa dos investidores de que Ghosn consiga colocar a empresa nos trilhos como fez com a Nissan, que passava por dificuldades quando a Renault decidiu assumir o controle parcial da montadora japonesa em 1999.

A Mitsubishi sofre as consequências do escândalo de fraude de dados de consumo de seus veículos, admitido em 20 de abril deste ano pelo presidente da companhia (leia aqui). No mês seguinte, a Nissan anunciou seu interesse em comprar parte das ações da rival, o que estenderia sua parceria que mantém com a empresa há cinco anos. À época do anúncio, a transação foi calculada em US$ 2,2 bilhões (leia aqui). Após o escândalo, a Nissan começou a assumir parte da culpa da nova controlada e afirmou que iria pagar indenizações a consumidores japoneses pela fraude de consumo em dois veículos produzidos pela Mitsubishi, mas vendidos sob a marca Nissan.